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Deus
Deus é o tudo e é o nada. Por mais contraditório que possa parecer, Deus é um movimento estático no qual tudo se realiza. Na verdade, Deus é contraditório, mas também não o é. Para falar um quase nada e um quase tudo sobre Deus: ele é dual, e portanto, neutro.
Deus é energia e poder de realização. Não tem forma, mas para que possamos entendê-lo, ele interage conosco através de seus aspectos. O nosso planeta, por exemplo, é um aspecto de Deus. Nós, somos aspectos da Terra, e portanto, aspectos de Deus.
A primeira folha do algodoeiro que germina e vê o sol é um aspecto de Deus. A última folha que seca também. Estas linhas que você lê são aspectos de Deus interagindo contigo. É, portanto, por meio de seus aspectos que Deus permanece conosco sem pausa, em uma dança energética inebriante do tudo que interage consigo mesmo e reverbera em evolução. Confuso? Sim. E Não. Apenas normal. Deus é a confusão e a ordem esclarecedora, reveladora. É simultâneo, harmônico, completo.
Para que nossos sentidos não se entorpeçam em demasia, comparemos Deus ao monge dedicado em sua meditação, procurando suas sombras e deixando que a luz e as sombras fluam entre si, permeando-se mutuamente para que possam se conhecer nos mínimos meandros, para que se toquem e se reconheçam uma vez mais, para que se tornem novamente o que realmente são: uma unidade, um ser, uma realidade.
Que Deus nos abençoe.
Pai José de Ogum