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A Umbanda é bastante diversificada em termos de ritos e conhecimentos. O leitor certamente encontrará definições tradicionais discordantes das minhas. Apoio-me no universo diverso da Umbanda para definir Omolu como sendo O Mais Velho, definição que decorre da observação do sentimento com relação à sua energética e atuação no dia a dia dos trabalhos de caridade.
Na Terra, Omolu é o Orixá responsável pela transição dos espíritos entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados. Seu sítio na Terra são as calungas nas quais a sua vibração alimenta, defende, conduz e transforma, fazendo campo santo o chão de todos os cemitérios. Associado com a doença e também com a cura, sua força é evocada sempre que transformações profundas e/ou ancestrais são necessárias. Na Terra o definimos como um Orixá, ou seja, vibratória ligada a sítios do planeta. Embora definido como Orixá, não tenho filhos de Omolu por acreditar que sua força transcende a Terra, transcende a definição de Orixá. Acredito que Omolu é a própria constante transformação do Universo.
Cumprimento: Atotô! (Silêncio! - como respeito) ou Atotô Obaluaê! (Silêncio para o grande Rei da Terra!)
Sincretismo: São Lázaro.
Mito: E mais informações aqui.
Comunhão: O prato tradicional de comunhão com as energias de Omolu na minha casa é a pipoca estourada em panela de barro sobre a areia da praia. Outros pratos podem ser encontrados na literatura de acordo com a tradicionalidade local.
Cores: Preto e branco
Frutas: Maracujá, figo, ameixa preta, uva preta, banana da terra, gengibre, fruta do conde.
Ervas: Mostarda, folha de milho, barba de velho, manjericão roxo, assa peixe, taioba, musgo, sabugueiro, espinheira santa.
Flores: Crisântemo branco, rosa branca.
Bebida: Água, vinho tinto.
Pontos cantados: Aqui.